Ação teve como objetivo a transposição curricular do modelo tradicional para o ensino por competências, para cursos de graduação, utilizando-se de metodologias problematizadoras de ensino e aprendizagem
Em fevereiro de 2023, a Escola Superior da Polícia Civil – ESPC, com o suporte pedagógico da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes- UnDF, iniciou a oferta, a docentes e tutores da ESPC, da UnDF e de outros órgãos, de 44 vagas para um curso de formação continuada em metodologias problematizadoras, nível intermediário, com carga horária de 76 horas. A finalização do curso aconteceu na noite de ontem (29) na ESPC.
O curso intitulado “Formação em transposição curricular para metodologias ativas de ensino e aprendizagem no ensino superior” teve por objetivo geral a transposição curricular do modelo tradicional para o ensino por competências, para cursos de graduação, utilizando-se de metodologias problematizadoras de ensino e aprendizagem. “Espaços de formação continuada, como o promovido, oportunizam uma constante qualificação dos profissionais que atuam em nossas escolas”, afirma Alessandra Edver, Pró-reitora de graduação da UnDF.
“Aprender fazendo, esta foi a proposta da UnDF que assustou e incomodou a Escola Superior da Polícia Civil do Distrito Federal. No entanto, para nossa surpresa, tratava-se de uma oportunidade, a de romper paradigmas diante de um futuro desafiador, mas, sem dúvida, mais perto da realidade de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Ao finalizarmos o curso de transposição curricular acreditamos que crescemos muito e juntos. Hoje estamos bem mais seguros do nosso papel na docência do ensino superior e cientes do que nos espera”, conta entusiasmada Valéria Martirena – Diretora DESUP/ESPC
“O curso foi como reorganizar uma grande biblioteca de conceitos. Alguns livros precisaram ser relidos, outros estavam com as teorias ultrapassadas… desses eu me despedi, para dar espaço para teorias novas, para novas formas de ver o mundo e a docência”, diz Carol Tupinambá, estudante da formação.
Nesse espaço formativo, desenvolveram-se competências para elaboração de material didático-pedagógico de cursos cuja base metodológica é principalmente a Aprendizagem Baseada em Problemas – ABP. Transitaram, como pauta para os espaços de exposições dialogadas, de oficinas de aprendizagem, de salas de aula invertidas e das dispersões, mediados por servidores da própria ESPC, da UnDF e por colaboradores externos, os seguintes temas:
“Na perspectiva de continuarmos ‘rompendo paradigmas’ frente às metodologias inovadoras na educação superior, essa formação em transposição curricular trouxe o exercício da criatividade, do aprender a aprender e de ‘colocar a mão na massa’. Para tanto, desenvolveu-se um processo de criação por meio da aprendizagem colaborativa entre os grupos de cursistas, sob a mediação de tutores da ESPC”, explica Fabiana França, Pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da UnDF.
Segundo Fabiana, foi necessário a utilização de um nível de cognição complexo, articulado e interdisciplinar por parte de todos os participantes, sendo visto como um grande desafio da formação. Como resultado desse trabalho, surgiu a matriz de competências para o 1º curso de graduação da ESPC em gestão de conflitos. “Várias aprendizagens e transformações significativas foram alcançadas nesse processo de formação. Uma delas, que impactou e provocou várias reflexões, foi baseada em um dos textos de António Nóvoa: ‘O que define a aprendizagem não é saber muito, é compreender bem aquilo que se sabe. É preciso desenvolver, nos alunos, a capacidade de estudar, de procurar, de pesquisar, de selecionar e de comunicar’, explica Fabiana França.
“Esse curso, especificamente, foi bastante significativo para a construção dos Módulos Temáticos Interdisciplinares do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Conflitos, como afirmado pela colega, graduação a ser ofertada pela ESPC ainda neste segundo semestre de 2023. Que continuemos a avançar promovendo uma política de educação superior pública e gratuita que seja responsável e totalmente comprometida com o desenvolvimento do DF e RIDE!” complementa a Pró-reitora, Alessandra Edver.
“O curso foi como reorganizar uma grande biblioteca de conceitos. Alguns livros precisaram ser relidos, outros estavam com as teorias ultrapassadas… desses eu me despedi, para dar espaço para teorias novas, para novas formas de ver o mundo e a docência”, disse Caroll Tupinambá, discente do curso intermediário.
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