O assunto foi debatido no âmbito do 1º Ciclo de Palestras de Gestão Ambiental. Universitários também participaram de palestra sobre o uso da plataforma MapBiomas

Os estudantes do curso de Gestão Ambiental da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes – UnDF realizaram, na terça-feira (26), o 1º Ciclo de Palestras de Gestão Ambiental sobre o tema “Biodiversidade em risco: o tráfico de animais silvestres no Brasil”.  A iniciativa teve a coordenação dos professores Rodrigo Meneses, Ester Cardoso e Luísa Meneghetti, no âmbito da unidade curricular  Biologia Aplicada, e ocorreu no auditório do Campus Norte da instituição.

Divididos em três grupos, os estudantes apresentaram os resultados de suas pesquisas sobre as ameaças da atividade ilegal para o meio ambiente, para a saúde pública e para a biodiversidade. Também foram abordados os aspectos legais e principais normas jurídicas de proteção à fauna silvestre e a situação do tráfico de animais no Distrito Federal.

De acordo com o professor Rodrigo Meneses,  a realização do ciclo de palestras partiu de uma questão levantada em sala de aula. “Nós elegemos uma situação em conjunto com os estudantes a respeito de uma problemática do DF sobre o tráfico de animais peçonhentos, especificamente, a serpente. Tivemos um caso aqui no DF que teve repercussão nacional e isso funcionou como uma  força motriz para estimular que 3 grupos do curso de Gestão Ambiental desenvolvessem pesquisas em temáticas associadas ao tráfico de animais. Então, o ciclo de palestras representa os resultados alcançados pelos estudantes nessas pesquisas em que eles foram totalmente autônomos”, afirmou.

Além das apresentações dos estudantes, o ciclo de palestras contou com a participação do sargento Ronie Sousa, do Batalhão da Polícia Militar Ambiental. Em sua exposição, ele descreveu o trabalho realizado pelo Programa de Educação Ambiental Lobo Guará, da PMDF, abordando, ainda, questões como crimes ambientais, normas e competências de cada órgão de proteção ambiental.

Como atividade prática, o militar levou uma cascavel do cerrado ‒ serpente terrestre encontrada no bioma Cerrado ‒ para demonstrar as técnicas de resgate utilizadas pela corporação. Ronie Sousa explicou aos estudantes sobre o comportamento do animal, os tipos de equipamentos de resgate e como reagir diante de uma serpente.  “Ao encontrar um animal, ligue para o Batalhão Ambiental no número 190, que nós daremos todas as orientações sobre o que se deve fazer. Não é preciso matar o animal!”, reforçou. 

MapBiomas

Na quarta-feira (27), os estudantes do curso de Gestão Ambiental, receberam Roberta Capim Rocha, analista ambiental do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM e membro da equipe do Instituto MapBiomas Cerrado. A gestora e cientista ambiental ministrou palestra sobre o trabalho realizado pela instituição, o uso da plataforma colaborativa MapBiomas e como é feita a coleta, bem como o tratamento de dados dos mapas de uso e cobertura da terra (desmatamento), de superfície da água,  de queimadas (cicatrizes de fogo) e de estoque de Carbono no Solo.  

“O MapBiomas é produzido por uma rede colaborativa de co-criadores formado por ONGs, universidades, empresas de tecnologia organizados por biomas e temas transversais. É muito importante esta interação com os estudantes porque é fundamental compartilharmos as informações com a sociedade. Isso faz parte do trabalho de educação e conscientização ambiental”, destacou Roberta.

Gabriel Gonçalves Pereira da Costa, estudante de Gestão Ambiental

O estudante Gabriel Gonçalves Pereira da Costa considerou muito positiva a exposição e espera poder usar a plataforma para as suas pesquisas e atividades acadêmicas. “O que mais me chamou a atenção foi o grau de refinamento e detalhamento dos dados”, ressaltou. 

A atividade foi realizada no âmbito da unidade curricular Habilidades Profissionais em Gestão Ambiental I, sob a coordenação do professor Rodrigo Meneses.